A filosofia de investimento ESG é comum em Wall Street, mas virou o novo palco da polarização política em Washington.
Os republicanos, à direita, atacam a sigla e buscam restringi-la legalmente. Ao mesmo tempo, os democratas abraçaram a pauta. Virou Fla-Flu.
A prática do ESG é analisar empresas e investimentos para além dos lucros e ganhos financeiros, focando nos impactos em três frentes: ambiental, social e de governança corporativa.
Só que os republicanos entendem a sigla como uma preocupação com pautas que eles consideram “de esquerda” ou “progressista” demais, como tópicos ligados à diversidade e às mudanças climáticas.
Também afirmam que a sigla é uma ideologia que machuca setores importantes da economia americana, como o de petróleo.
Pelo menos sete estados já passaram leis limitando o uso do ESG nas decisões que envolvem dinheiro público.
Na Flórida, por exemplo, fundos de aposentadoria só podem usar critérios estritamente financeiros para aplicar a grana dos cidadãos – banindo, na prática, o ESG.
A batalha escalou para a esfera federal. Republicanos tentaram vetar os critérios ESG nas decisões dos fundos de aposentadoria dos americanos.
O presidente Biden não deixou quieto – e, pela primeira vez desde que assumiu em 2020, usou o poder de veto para derrubar a medida dos opositores.