Nos últimos três anos, o número de agentes autônomos de investimento (AAI) cresceu 143%. Graças às corretoras, que queriam aproveitar o bull market brasileiro para arrebanhar mais investidores.
Criou-se um nicho de primeiro emprego: o número de jovens entre 18 e 25 anos certificados para trabalharem como AAI cresceu quase o dobro da média geral.
Em 2019, existiam 9.605 agentes autônomos certificados. Desses, 613 tinham até 25 anos. Hoje, dos 23,3 mil habilitados, 3.028 têm até um quarto de século. Trata-se de um salto de 394%.
Os mais velhos dessa turma tinham 10 anos de idade quando a crise de 2008 criou um apocalipse nas bolsas globais.
Na recessão de 2016, quando as ações da Petrobras chegaram a ser negociadas a R$ 6, estavam na adolescência.
Essas são questões anedóticas, ainda que a Faria Lima goste de louvar cabelos brancos como sinal de experiência de mercado. O que vale, no fim das contas, é ter autorização formal para atuar na área.
Para ser agente autônomo, basta ter ensino médio completo e passar em uma prova com 80 questões sobre economia e mercado financeiro. A taxa de aprovação no exame gira em torno de 50%.
90% dos profissionais têm pelo menos uma graduação. Apesar da expansão da “categoria de base”, a maior parte dos profissionais tem entre 26 e 35 anos, seguido pela geração de 36 a 45.