Nada de sair se autodiagnosticando. Para identificar se há mesmo um caso de burnout, é preciso medir a intensidade dos sintomas.
E não é simples quantificar algo abstrato, o estresse. Mesmo o grau de exaustão de uma pessoa não é algo facilmente calculável.
Christina Maslach, uma das maiores pesquisadoras do tema, criou um protocolo para a mensuração do burnout, o Maslach Burnout Inventory (MBI).
Trata-se de um questionário cujo objetivo é identificar todas dimensões da síndrome. Você responde a cada pergunta indicando a intensidade deste ou daquele sentimento.
No final, calcula-se uma pontuação. Se ela passar de um certo limite, indica um quadro de burnout.
O primeiro MBI foi desenvolvido no fim da década de 1970. Desde então ele vem sendo atualizado e adaptado para profissões específicas. Veja alguns exemplos de perguntas:
Você se sente fisicamente esgotado no final de um dia de trabalho.
Você se sente cansado quando acorda pela manhã e precisa encarar outro dia de trabalho.
Você se sente emocionalmente esgotado com o trabalho.
Trabalhar todo dia é um motivo de tensão para você.
Você está menos interessado no trabalho desde que assumiu essa função.
Você se tornou mais insensível com as pessoas desde que entrou neste trabalho.
Você não acredita que seu trabalho tem alguma contribuição para algo.
Você não se importa verdadeiramente com seus colegas de trabalho ou com seus clientes.
Todos os dias você se sente estressado, mesmo quando a carga de trabalho não é tão alta.
Você não se sente confiante em conseguir cumprir o seu trabalho de forma eficaz.
Esses são apenas alguns dos itens medidos pelo Maslach Burnout Inventory (MBI). O teste completo deve ser aplicado e interpretado por um profissional de saúde.