Nos últimos meses, a temática ESG, que tinha dominado Wall Street há cerca de três anos, perdeu força.
Segundo um levantamento do HSBC, os fundos de investimento americanos em geral estão menos engajados com o ESG. O banco entrevistou funcionários de 292 gestoras ao redor do mundo.
Entre maio e junho deste ano, menos de 25% dos entrevistados nos EUA afirmaram que sustentabilidade é prioridade em seus investimentos – no ano passado, eram 37%.
Mais: 44% disseram que, nos últimos doze meses, passaram a ver menos razões para adotar uma estratégia ESG em suas aplicações.
O pé atrás aparece em outros dados também. Contando o último trimestre de 2022 e o primeiro de 2023, os fundos ESG americanos registraram uma saída de mais de US$ 10 bilhões, segundo a Morningstar.
No mesmo período, os fundos em geral atraíram R$ 20 bilhões.
O tema ganhou uma faceta política por lá. O Partido Republicano, à direita, vem atacando pautas ambientais, raciais e de gênero nas agendas das empresas.
Um dos argumentos é que as empresas e fundos de investimentos estão usando seu poder econômico para implementar uma agenda política.
Também estariam deixando a remuneração dos acionistas de lado, dizem os críticos.
Apesar disso, o fenômeno parece restrito aos EUA, já que a ESG segue forte no resto do mundo. E, mesmo por lá, apesar de perder força, ainda segue no vocabulário de Wall Street.