O Santander fez um levantamento que recuperou o desempenho do Ibovespa toda vez que o Banco Central iniciou um ciclo de corte de juros.
Desde 1999, foram 10 ciclos de redução de taxa, incluindo aí os de 2020, que levaram a Selic a 2% ao ano.
Resultado: a mediana da subida do Ibovespa depois do corte inicial de cada ciclo de baixa foi de 12% no primeiro ano e de 29% em dois anos.
Em apenas dois ciclos de redução houve queda no índice após 24 meses – 2000 e 2011.
No primeiro caso, após essa janela o Brasil passou pela campanha eleitoral que elegeu Lula pela primeira vez – numa época em que o mercado temia fortemente a eventual posse do petista.
No segundo, o ciclo de corte de juros foi feito por interferência política, e não por decisão técnica, o que acabaria culminando em inflação e, depois, em recessão.
Você sabe que resultados passados não são garantia de retorno futuro. Mas, nessa situação, existem motivos para olhar o retrovisor.
Primeiro: bolsa e juros tendem a caminhar em direções opostas em qualquer situação, e em qualquer país. Natural.
Quanto maiores os juros, menos você precisa arriscar seu dinheiro em ações para obter uma rentabilidade decente.
Mas, quando eles passam a cair, a tendência é que você volte a direcionar uma grana para a renda variável, para tentar uma engordadinha no pé de meia.
E fazer isso fica menos arriscado, já que as empresas também se beneficiam com juros menores. Elas passam a consumir menos caixa no pagamento de dívidas.
Para o acionista, isso significa um potencial de lucros – e dividendos – maiores, sem falar em mais espaços para investimentos, que potencializam o aumento dos resultados no futuro.