A história do home office (antes da pandemia)

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A palavra “teletrabalho” surgiu pela primeira vez em 1976, cunhada pelo ex-cientista da Nasa Jack Nilles. A internet sequer existia, e as tecnologias de comunicação restringiam-se ao telefone fixo. 

Mas os avanços científicos já abriam espaço para todo tipo de previsão, mais ousadas que fossem.

Apenas três anos depois a americana IBM, pioneira do setor de computação, colocou uma equipe de apenas cinco pessoas para trabalhar à distância.

Em 1983, já eram quase dois mil funcionários nessa espécie de experimento piloto.

Foi só na década de 1990, porém, que a ideia de trabalhar longe do escritório começou a tomar forma, com a popularização da internet e dos computadores pessoais. 

O futuro parecia tão promissor que até Peter Drucker, o pai da administração moderna, se convenceu de que um dia os escritórios seriam desnecessários.

Mas mesmo com todas as maravilhas da ciência, que colocou um computador na palma da mão de cada um, o home office nunca pegou de verdade. Ficou restrito a poucos contextos e áreas específicas.

Em 2014, uma grande pesquisa da IBM cobrindo vários países anglófonos descobriu que apenas 9% dos profissionais faziam teletrabalho.

E só metade destes passavam todo o tempo ou a maior parte dele no modo remoto. 

No Brasil, em 2019, um dado parecido do IBGE: só 5,2% dos brasileiros com emprego faziam home office (excluídos da conta os empregados no setor público e os trabalhadores domésticos).

Até que veio a pandemia, e todo mundo foi forçado a se adaptar do dia para a noite a um regime remoto. A The Economist chegou a se perguntar, em abril de 2020, se seria a “morte do escritório”.

O resto você já sabe: o regime remoto (ou híbrido) se popularizou, e, agora, há um cabo de guerra entre empresas e funcionários sobre seu futuro.

vocesa.com.br

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