Em 2021, um cenário peculiar começou nos Estados Unidos. O mercado de trabalho estava extremamente aquecido – havia tanta contratação em tão pouco tempo que sobravam vagas e faltavam candidatos.
Na onda “a grama do vizinho é sempre mais verde”, foram em busca de empregos com regimes mais flexíveis, menos desgastantes e em companhias mais preocupadas com a saúde mental dos funcionários.
As taxas de pedidos de demissão voluntária dispararam no país; antes do fenômeno, em 2019, apenas 2,3% dos trabalhadores americanos escolhiam abrir mão de seus empregos todos os meses.
Em 2021, essa taxa escalou e fechou o ano em 3% – e seguiria acima do normal pré-pandêmico no ano seguinte.
O resultado foi que 47 milhões de americanos pediram para sair em 2021; em 2022, 50 milhões, um recorde. O fenômeno foi apelidado “Grande Resignação”.
Mas a onda parece ter se acalmado. A taxa de demissões voluntárias por lá, em trajetória de queda há meses, voltou para os 2,4% – patamar já visto em 2019.
Com base nesse número, jornais como The New York Times e BBC decretaram o fim da Grande Resignação.
No Brasil, que também viveu sua própria Grande Resignação, as demissões voluntárias também perderam força, ainda que se mantenham mais altas que na pré-pandemia.