A definição mais simples: lucro bruto é a receita menos o tanto que a empresa gastou para produzir ou adquirir as coisas que ela vende.
Ou seja: tudo aquilo cujo custo varia de acordo com o volume de vendas. Aquilo que não varia par e passo com as vendas, sai fora da conta.
Então não entra o salário fixo dos funcionários, as despesas com aluguel, os gastos com seguros, a fatura dos cartões corporativos da diretoria, a conta de luz.
Quando tudo isso entra na conta, mais impostos, juros sobre dívidas, e outras deduções contábeis mais complexas, temos o lucro líquido, que é o que conta no fim do dia.
Se o que mais importa é o lucro líquido, então, é perda de tempo olhar para o lucro bruto? Claro que não.
Ele serve para mostrar o potencial da empresa. Se a margem bruta é razoável, significa que o negócio dá dinheiro. Ponto.
Problema mesmo seria se o COGS ficasse próximo demais da receita. Porque o custo dos bens vendidos é algo que, em grande parte, não depende da empresa. Depende do mercado todo.
Já seus gastos com salários, aluguéis e giro de dívida a companhia pode ir lapidando com o tempo, de modo que uma parcela cada vez maior do lucro bruto se transforme em lucro líquido.
Esse processo de otimização só não pode se arrastar por anos, senão os acionistas se cansam.