Empresas americanas com mais de cinco mil funcionários perdem no mínimo US$ 101 milhões por ano em produtividade com reuniões inúteis.
Essas reuniões poderiam ser substituídas, sem prejuízo, por e-mails ou mensagens de Slack, por exemplo.
A conclusão é de um estudo da Universidade da Carolina do Norte. Os pesquisadores pediram a 632 funcionários de várias empresas que respondessem perguntas sobre uma semana de suas agendas.
A conclusão foi que cada empregado de colarinho-branco passa, em média, 18 horas por semana em reuniões – quase metade da jornada mais comum nos EUA, de 40 horas semanais.
Os chefes, são os mais afetados. Gestores com no mínimo quatro subordinados encaram, em média, 22,2 horas de papo ao longo de 5 dias úteis, vs. 13,7 horas de para os subordinados em si.
Embora recusem 14% dos convites, os profissionais entrevistados avaliam que não precisariam aparecer em 31% dos encontros. 53% dos entrevistados se sentem obrigados a atender a todos os convites.
A relutância em dizer “não” tem dois motivos. O primeiro é o medo de que colegas e gestores encarem ausência como preguiça, desfeita ou falta de comprometimento.
O segundo motivo é a dificuldade em se atualizar sobre quaisquer novidades que tenham sido anunciadas.
Herança pandêmica: desde fevereiro de 2020, o Microsoft Teams calcula que o tempo gasto em reuniões por videoconferência triplicou, e o número de reuniões por semana dobrou.
Sabe-se que nossa capacidade de concentração é bem menor – e nosso cansaço mental, bem maior – nos encontros online. Um fenômeno que, como sempre, ganhou nominho em inglês: Zoom fatigue.