Continua após publicidade

Algoritmo investidor atualiza sua carteira de ações

Só que esse robô não trabalha de graça. O custo é de 0,50% sobre o valor movimentado, o que pode ser mais caro do que fazer no braço todas as trocas.

Por Tássia Kastner
Atualizado em 15 abr 2021, 16h43 - Publicado em 5 abr 2021, 08h00

Todo mês, bancos e corretoras publicam relatórios de analistas com indicações de ações de empresas que clientes deveriam comprar ou vender. A ideia dessas carteiras recomendadas sempre é render mais que o Ibovespa, a referência do mercado.
Esses relatórios são gratuitos. O objetivo ali é prestar um serviço, e de quebra ganhar um trocado com as taxas de corretagem a cada compra e venda de ações que o cliente fizer seguindo a indicação.

Só que mandar um e-mail com as sugestões é uma coisa, o investidor fazer o que foi sugerido é outra. Todo começo de mês você precisa ler relatório, decidir se concorda com as sugestões e, no horário da bolsa (que é justamente quando as pessoas estão trabalhando), tirar alguns minutos para abrir o home broker ou bater um papo com o agente autônomo para que ele faça as trocas de ações. Nisso, a chance de a operação não acontecer e a instituição financeira não ganhar dinheiro é enorme.

Pois bem, o Santander e o BTG Pactual lançaram uma solução para seus clientes (e para eles mesmos). Um algoritmo que faz a compra e venda de ações da carteira de maneira automática.

No Santander, o serviço pode ser contratado por quem tem pelo menos R$ 15 mil investidos (para a carteira recomendada de BDRs, o mínimo é de R$ 30 mil). No BTG, o valor mínimo é R$ 50 mil (para as carteiras small caps ou de dividendos) ou R$ 100 mil para a carteira de top picks, a das dez ações mais recomendadas entre todas.

O custo é de 0,50% sobre o valor movimentado. Isso quer dizer que, se você girar R$ 100 mil em ações a cada nova rodada, a brincadeira sairá por R$ 500 mensais. Mas quem continuar no jeito tradicional, e fizer no braço todas as trocas recomendadas, gastará muito menos. Cada operação no home broker custa cerca de R$ 5*. Trocar todas as dez ações (caso a carteira do banco recomende substituir todas) sairia por R$ 50. Ou seja, o serviço só tem custo zero para quem gira valores abaixo de R$ 10 mil. É isso: faça as contas para ver se o serviço compensa para você.

Publicidade